Produtividade na pecuária poderá dobrar em menos de 10 anos. Na última década, o número de animais por hectare subiu de 0,7 para 1,3, numa evolução de 85%, inclusive com a ocupação de áreas tradicionalmente ocupadas pela atividade pecuária com a agricultura. Para alcançar a alta produtividade, evitando a expansão sobre novas áreas, será preciso melhorar as pastagens e reduzir o tempo de permanência do rebanho em cada setor, encaminhando os animais mais cedo para o abate. Esse diagnóstico integra o estudo “Diretrizes para o Desenvolvimento da Pecuária de Corte em Mato Grosso - Visão de Universitários e Pecuaristas” e foi levantado durante workshops realizados nos municípios de Pontes de Lacerda, Cáceres, Alta Floresta, Sinop, Nova Xavantina e Tangará da Serra com pecuaristas e professores dos cursos de Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT - Campu de Sinop) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Responsável pelo estudo, o economista e consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira, acrescenta que os temas debatidos são comuns a outros estados brasileiros e incluíram a integração lavoura pecuária, o sistema de cria e confinamento, a sustentabilidade socioeconômica e ambiental e a recuperação de pastagens degradadas. Este último ponto associado ao problema da morte súbita das pastagens, observa o professor do departamento de Agronomia da Unemat em Alta Floresta, Everton Valdomiro Pedroso Brum, depende de maior conhecimento técnico dos pecuaristas para ser corrigido, além de facilitação no acesso a financiamentos. “O maior problema é o custo e para aumentar a rentabilidade o pecuarista precisa realizar investimentos”.
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