Neste ano, a quantidade de bovinos confinados em Mato Grosso reduziu 12,5% em comparação com 2012. Previsão é que sejam engordados 693,100 mil animais em regime de confinamento ante 792,800 mil no último ano. Dados constam do 2º Levantamento de Confinamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e foram divulgados nesta quarta-feira (28). Entre os principais fatores que contribuem para esse resultado estão a elevação nos custos com nutrição animal e o preço dos animais adquiridos para engorda. Levantamento apontou que a alimentação é o insumo que presentou maior alta em 12 meses (11,20%), variando de R$ 2,41 (cabeça/dia) para R$ 2,68 (cabeça/dia). Valor pago na aquisição dos animais para engorda também subiu no mesmo período, oscilando de R$ 9,12 (cabeça/dia) para R$ 9,54 (cabeça/dia), alta de 4,6%. Descontados o valor da aquisição dos animais e o lucro, verificou-se que o custo para confinar está 7% maior neste ano, comparado com 2012, e variou de R$ 4,39 para R$ 4,69 (cabeça/dia). Em relação a 2010, a elevação no custo da atividade chega a 41%, considerando que naquele ano se manteve em R$ 3,32 (cabeça/dia). Situação verificada neste ano repete o cenário observado em 2012, quando a intenção de confinamento ficou abaixo do previsto inicialmente. A diferença é que no ano anterior a diminuição no número de bovinos confinados foi motivada pelo encarecimento da ração animal, composta por farelo de soja, milho e caroço de algodão, commodities agrícolas que estavam mais valorizadas, explica o analista de bovinocultura de corte do Imea, Fábio da Silva. Neste ano, apesar da acentuada desvalorização no preço do milho, outros componentes do custo de produção encareceram, observou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele declarou que o resultado do levantamento mostra que o pecuarista mato-grossense está mais precavido em relação aos preços futuros da arroba do boi e que a decisão de confinar ou não está atrelada a essas tendências do mercado. Apesar da redução na quantidade de animais confinados, os investimentos estruturantes ampliaram a capacidade estática dos confinamentos em Mato Grosso em 4,8% no último ano, subindo de 850,500 mil animais para 891,400 mil. Considerando, porém, a relação do número de animais confinados e a capacidade estática dos confinamentos, houve uma queda de 15 pontos percentuais em 12 meses.
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