A pecuária em Mato Grosso passou por grandes avanços ao longo de vinte anos e já se firma como o maior rebanho do país, deixando para trás os criadores de São Paulo, que, anos atrás, se firmavam como o grande centro de produção de carne. Atualmente, 35 mil criadores com pastos no estado giram uma renda bilionária de R$ 5,85 bilhões e sustentam parte da economia.
Os 40 frigoríficos abastecem hoje principalmente o mercado externo, com uma produção de 4,5 milhões de cabeças de gado somente no último ano, representando 74 milhões de arrobas, espalhados em mais de 115 mil propriedades rurais. “O boi abatido aqui é enviado para os centros de distribuição em São Paulo”, destaca Luciano Vaccari, superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Toda essa estrutura de produção foi desenvolvida em um período relativamente recente, com o desenvolvimento das técnicas de criação do boi e formação de uma estrutura capaz de se tornar abastecedora. Há duas décadas, nem existiam frigoríficos no estado, conforme lembra Luciano Vaccari , e o gado era levado em carretas para São Paulo para ser abatido.
Outros três estados avançaram na competição pelo topo da criação e se firmam como os principais centralizadores de rebanhos. Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará disputam com os pastos de São Paulo o crescente efetivo do mercado de bois. Atualmente, 34,6% dos bovinos estão concentrados no Centro-Oeste, 20,1% no norte e 18,3% no sudeste.
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